Nem bem a tarde lobuna assombrou o outono
Me achou empurrando tropa num chamamé
O gado em pêlo de maio e sina marcada, vai pra charqueada
Boqueando poeira de estrada, rumo a bagé
Não fosse 'os tempo'de tropa, grito e cachorro
Não fosse 'as volta' do inácio, que é bom ponteiro
Bandeava o são luiz com chuva, tormenta e raio estropiava o baio
Altar de campo e distância, irmão tropeiro
#refrão#
Vai, num mouro bueno, inácio leal
Chamando a ponta da tropa que nega a água
Deixando a querência perdida lá no uruguay
# #
Cambona, cincerro, espora, o arreador
Mugido e grito de "venha...arrrarrrá...se foi!..."
No rastro do contrabando eu conheço o pago e venho cansado
De tanto 'mudá' cavalo, pechando boi
São pedro, protege 'os bueno' que vem da lida
De poncho a escorrer na anca, pesado e frio
E sabem que nada a tropa na ferraria, que judiaria!
Mesclando poeira de estrada e espuma de rio.
#refrão#
Coletivo de militares e de bovinos.
Pelagem (cor dos pêlos) de animais.
Destino, sorte.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Lugar em que se nasce, de origem
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.