Encilho bem o meu pingo
Pra sair ao clarear do dia
Rumando São Gabriel
São Sepé, Santa Maria
Compro bota em Soletade
Tomo vinho lá em Caxias
Quero dar uma xulhada
No rodeio em Vacaria
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Não preciso documento
De monarca tenho a estampa
Sou filho desta querência
Tenho a marca deste pampa
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Pelos caminhos do pampa
Numa longa cavalgada
Sem nunca ter rumo certo
Mirando léguas de estradas
Me acompanham na jornada
Meus dois fieis companheiros
Cavalo e um pombo correio
Servindo de mensageiro
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Não preciso documento
De monarca tenho a estampa
Sou filho desta querência
Tenho a marca deste pampa
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Me ajusto de peão por dia
Ou quem sabe capataz
Sou pau pra toda obra
Mostrando que sou capaz
Com meu pingo pela rédea
Changueando pelas fazendas
Na perninha do meu pombo
Um bilhete pra uma prenda
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Não preciso documento
De monarca tenho a estampa
Sou filho desta querência
Tenho a marca deste pampa
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Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Afetivo de cavalo de estimação.