Fiquei mateando solito, meu rancho quase tapera
A chinoca foi embora e eu tenteando numa espera
Ouvi uma voz me chamando e um rangido de cancela
Espiei pela janela, era ela, era ela!
Abri a porta do rancho pra um abraço bem chinchado
Quase com muito obrigado, foi bom você ter chegado
Me falou arrependida: - no povoeiro me dei mal
Faltou erva pro meu mate e teu carinho bagual.
Preparei uma chimarrão à capricho pra nós dois
Prosa vai, prosa vem e a desculpa entre nós dois
Tu trocou o nosso rancho pelo luxo da cidade
Eu sofri barbaridade, de saudade, de saudade!
Até mesmo o pangaré que andava da cara feia
Coma tua chegada mulher, bate palmas com as orelhas -
Me falou arrependida: - no povoeiro me dei mal
Faltou erva pro meu mate e teu carinho bagual.
Tu nasceu pra ser chinoca, eu nasci pra ser xirú,
Não pode viver sem eu e eu não sei viver sem tu -
Nós nascemos um pro outro para o que der e vier
Não te bobeia mulher, por que eu sei que tu me quer.
O nosso rancho é pequeno mas cabe bem tu e eu
Vamos deixar de lado ainda, tu é minha e eu sou teu,
Ou bem ou mal, ou mal ou bem; ou mal ou bem ou bem ou mal
Tu já tem erva pro teu mate e o meu carinho bagual.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Habitação abandonada e deserta.
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.
cheio, satisfeito, farto
Cidade.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.