Deixei o rio grande, peguei o mundo por frente
Conhecer outras querências, costumes da nossa gente
Numa cambiada de pago, as vezes se muda a sorte
Do sul eu fui para o oeste
Do oeste eu fui para o leste, do nordeste até o norte.
Eu digo com muito orgulho que sou da terra dos pampas
E o retrato do rio grande, carrego na minha estampa;
De gaúcho hospitaleiro, tenho como tradição,
O piazito carreteiro
E no churrasco e no braseiro e um amargo chimarrão!
Lá me convidaram pra ir num forró
Num tal de jiló, que não me convenceu,
Senti que o estilo não era campeiro
Olhei pro gaiteiro, não era dos meus,
Sapateei uma chula para um desafio
Gritei pro gaiteiro me toque um bugio!
Polca não é chamamé, tererê não é chimarrão
E berimbau não é gaita, forró não é vaneirão;
Mas é a cultura de um povo formando uma integração,
Foi até no estrangeiro
Que esse toque brasileiro mostrando que é tradição!
Nos lugares que andei não vi o bugio roncando
Nem o boitatá correndo, nem quero-quero gritando;
Por isso que estou de volta, meu povo quero rever,
Minha prenda vim pra te ver
Não troco tu, por você, gauchinha bem querer!
Aqui me convidaram pra ir na bailanta
E uma percanta que em convenceu;
Cachaça na guampa e água de cheiro
Olhei pro gaiteiro que era dos meus.
E o gaiteiro tocava uma barbaridade
E eu dono da sala cantando saudade
Gaúcho eu sou......., gaúcho eu sou;
Gaúcho eu sou......., gaúcho eu sou!
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Adolescente.
Comida preferida do gaúcho.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Dança masculina, constante de sapateios sobre uma lança.
Chimarrão com água fria - mate paraguaio.
Vila, distrito.
Guariba, primata sul-americano.
O correto em guarany é M’boi tatá
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Moça linda.
Barbarismo; interjeição que exprime espanto, admiração.