Me de licença meus amigos peço de chapéu na mão
Venho de um alonga jornada cortando léguas de chão
Vim pra cantar nesta festa a convite do patrão
Vou desencilhar o pingo dotado de inteligência
Mas de tanto cavalgar esta perdendo a paciência
Descanse que amanhã cedo vamos pra outra querência
Não tem noite, não tem dia, não tem frio, não tem calor
Nasci pra viver cantando no oficio de cantador
O patrão mandou tocar e já tirou uma guria
Passava por mim dançando e de vez enquanto dia dizia
Vai tocando que eu te pago no final da cantoria
Me pediu que eu cantasse a décima da mula preta
Fiquei cantando e tocando e piscando pra marieta
Puxe o fole seu gaiteiro que eu vou te dar uma gorgeta
Atirei o pala pra trás, tapeei o chapéu na testa
Arranjei uma namorada espiando pela fresta
E recebi um convite pra cantar em outra festa
Agradeci o povão anunciei a última marca
E sai bem entonado com estampa de monarca
Encilhei o meu cavalo e sai batendo na marca.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Tirar os arreios do lombo do eguariço.
Afetivo de cavalo de estimação.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
menina, moça (Se usa em outras partes do Brasil)
Lugar em que se nasce, de origem
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Soberbo, arrogante.