(Adriano Lima /Walther Morais)
Peço licença pra cantar este Rio Grande
Que se esparrama pelas frestas dos galpões
Te alcanço um mate e o calor da cuia antiga
Tenho certeza, te trará recordações
Sorve com calma este mate, meu parceiro
E pousa os olhos na magia do braseiro
Feito no cerno mais antigo deste pampa
Farrapa estampa do garrão sul-brasileiro
Assim nasceu e se fez grande meu Rio Grande
Ouvindo o canto do minuano em assovio
Dançando xote, chamamé, valsa e milonga
Sendo crioulo no compasso de um bugio
Sinta, então, no coração toda a pureza
Da eterna ronda da roda de chimarrão
Fogão de lenha e o sorriso dos avós
A nos mostrar a verdadeira tradição
Pequenas casas que existe' aqui na serra
Fumaça branca saindo da chaminé
Bordam no céu a estrela do imigrante
Pra ser parceira do lunar de São Sepé
Assim nasceu e se fez grande meu Rio Grande...