(Régis Marques)
Aquele tropeiro que toca a boiada nem vê que está só
Canta a tropa imaginária, refrechando a changa lá dos cafundó'
Ele sabe seus motivos de tocar a tropa que a gente não vê
Retoça anseios perdidos, por vez' esquecidos, pra gente viver
Ele sabe seus motivos refrechando a changa lá dos cafundó'
Aquele tropeiro que toca a boiada nem vê que está só
Quem sabe louco nós mesmo', companheiro, à beira da depressão
Tontos, de um lado pro outro, companheiro, uma tropa sem direção
Mas também ando solito, companheiro, em meio à multidão
Pois também ando solito, companheiro, enxergando a multidão
O gado a seu lado, na imagem do sonho, faz pó no estradão
Mirando o horizonte, aquele vivente de campo e galpão
Das vez', no cochilo, se acorda "loqueando", a rês desgarrou
Não teme a verdade, mentira e saudade que a mente apagou
Às vez', no cochilo, aquele vivente de campo e galpão
O gado a seu lado, na imagem do sonho, faz pó no estradão
Quem sabe louco nós mesmo', companheiro, à beira da depressão...
"Temo" igual tropa de loco, companheiro, envolvido à multidão
Mas também ando solito, companheiro, enxergando a multidão