(Éder Oliveira "Nativo"/Adriano Claro)
Cheguei o mango pra "espantá" meu colorado
Que parou embodocado na saída do galpão
Frouxou o lombo num galope de soslaio
Entortando o papagaio da chilena do patrão
Naquele tranco se mandou coxilha afora
Me coiceando nas esporas com manha de caborteiro
Abrindo toca donde o varzedo descampa
Tirando lasca de guampa dum lote de boi franqueiro
Sou campesino, cresci desbaldando guacho
Quebrando pose de macho num bocal de tamanduá
Trago no basto minha estampa de campeiro
E um par de ferro fronteiro pros matungo' se "cortá"
O cusco baio ficou tonto a manotaço
E as chilenas num compasso me costeando na empreitada
Derrubou taipa, pulou por cima de um cocho
Touro aspudo ficou mocho nas pechadas da invernada
Voltou pra casa no trote mais compassado
Me bombeando desconfiado pro sombrero e o jaleco
Este pingaço, cria da véia Sant’ana
Me deixou mais de semana remendando meus "tareco"
Sou campesino, cresci desbaldando guacho...