Meu verso é laço na mão rural
Algum pealo de sobre-lombo
É polvadeira numa mangueira
No cimbronasso do belo tombo.
A moda antiga bem de à cavalo
Bocal e rédea de couro cru
Um "Minuano" índio pampeano
Boleia as patas de algum "inhandu".
Meu verso é mágoa de uma tapera
A fruta doce da pitangueira
Sente lembrança, gente da estância
Mateando a sombra de uma figueira.
Tirei as lonca pra pontear corda
Minhas garroneira d'uma bragada
Quando potranca ficou lunanca
Na lida bruta de correr eguada.
Meu verso é raça de antigamente
Desses gaúchos que a vida faz
Gente de guerra, cheiro de terra
Uma estampa de capataz.
É tropa gorda num fim de maio
Lá destinada pra o matadouro
Uma invernada, bem povoada
Na primavera briga de touro.
Meu verso é campo por ser fronteira
Estância "véia" tropilha buena
Salto da cama que esta semana
A pegada é grande, eu sou torena.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Ato de arremessar o laço (ou sovéu) e por meio dele prender as patas do animal que está correndo e derrubá-lo. Existem muitos tipos de PEALO, entre os quais:
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Couro (pele) de eguariço.
Coletivo de militares e de bovinos.
Coletivo de cavalos.