Cambona, ronco de mate, gorjeios no pensamento
Assovios, canto de galo, cheiro de campo nos ventos
Do lusco-fusco pra o dia, o laço volta pra os tentos
Do lusco-fusco pra o dia, o laço volta pra os tentos
Relinchos junto ao baldrame, do Colorado e o Rosilho
Cuidando os gestos do dono, pulindo a tulha do milho
Ritual que começa o dia pelos cavalos que encilho
Ritual que começa o dia pelos cavalos que encilho
Quem não tem mais que os arreios, dois pingos para encilhar
Um poncho e os corredores, lonjuras para estradear
É um galardão ser campeiro, ter um galpão pra voltar
É um galardão ser campeiro, ter um galpão pra voltar
Cachorrada inseparável, de orelhas tesas, alerta
Dialogando num olhar, expressões de estima certa
Pura irmandade campeira que só o galpão acoberta
Pura irmandade campeira que só o galpão acoberta
Recorridas de rodeios, a tarde amansa o vento
Trote suado a contra-rastro, querências no pensamento
Do lusco-fusco pra noite o laço apeia dos tentos
Do lusco-fusco pra noite o laço apeia dos tentos
Quem não tem mais que os arreios, dois pingos para encilhar
Um poncho e os corredores, lonjuras para estradear
É um galardão ser campeiro, ter um galpão pra voltar
É um galardão ser campeiro, ter um galpão pra voltar
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Distinção que se ostenta ou se exibe.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.