Meu galpão anda mais triste
Chorando mágoas à toa
Com seus olhos de vidraça
Molhados pela garoa
O seu silêncio de sempre
Vela a cuia e uma cambona
Que também sentem saudades
Das mãos pequenas da dona
Eu ando um pouco mais quieto
Do que preciso hoje em dia
Meu silêncio vem do peito
De reclamar nostalgia
Eu ando um pouco mais quieto
Do que preciso hoje em dia
Meu silêncio vem do peito
De reclamar nostalgia
Sou eu mesmo desses tempos
Pois meu sonho anda disperso
E, quando me dá saudades
Transformo elas num verso
Se, acaso, meus olhos tristes
Olhares os teus de repente
Vão descobrir mesmo tarde
O que se perdeu da gente
Por isso, depois dos mates
Cuido o longe desta estrada
Esperando o teu sorriso de retorno
Viageiro de chegada
Por isso, depois dos mates
Cuido o longe desta estrada
Esperando o teu sorriso de retorno
Viageiro de chegada
Esperando o teu sorriso de retorno
Viageiro de chegada
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.