O dia chega na estância, já me encontra trabalhando
A potrada na mangueira, desconfiada, me bombeando
Alguns precisa laçar, mas outros já vão formando
Alguns precisa laçar, mas outros já vão formando
Vão ficar mascando o freio a tordilha e a tostada
Vou repassar o rosilho, recém com três encilhada´
Depois, encilho o lobuno que já dá pra campereada
Depois, encilho o lobuno que já dá pra campereada
Rabicho pra tirar cosca, cacho e bocal bem atado
Rendilha, rédea cruzada pra o potro ficar rendado
E pra evitar acidente, laço desapresilhado
E pra evitar acidente, laço desapresilhado
No começo, este lobuno quis ver se eu tinha recurso
Num corcóveo bem pra cima, urrando pior que urso
E eu lhe mostrei que o rebenque não é pra enfeitar meu pulso
E eu lhe mostrei que o rebenque não é pra enfeitar meu pulso
Nunca precisei ter aula, nem tão pouco de diploma
São nos pulsos e nas pernas que a minha tropilha se doma
E o dom de domador que eu tenho ninguém me toma
E o dom de domador que eu tenho ninguém me toma
Quem duvidar, venha ver que eu provo aquilo que falo
Pois tem gaúcho que escreve montando e botando pealo
Mas, na verdade, jamais chegou perto de um cavalo
Mas, na verdade, jamais chegou perto de um cavalo
Mas, na verdade, jamais chegou perto de um cavalo
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Espécie de açoite.
Coletivo de cavalos.
Adestrador.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.