"Empeço, aqui, a payada, fazendo la vuelta de honor
Nestes verso' de contra-flor para o mestre das gineteadas
Dom Guita, venta rasgada que trás no sangue sua sina
Andar guasqueando em cima dos maulas que escondem o rastro
Enforquilhado no basto ou encedrado nas crinas"
Para quem nasceu como tantos, crioulo desta fronteira
Comungou pelos galpões das catedrais mais campeiras
Atando corincho de xucros no pelado das tronqueiras
Atando corincho de xucros no pelado das tronqueiras
As mãos que golpeiam potros, criadas sem prepotência
Ensinaram a ginetear os que não tinham esperiência
Insertando e amadrinhando os florões desta querência
Insertando e amadrinhando os florões desta querência
Mestre Dom Ademar Silva, peão campeiro e domador
Traz a alma nas chilenas e a sina de potreador
Pastando em volta do rancho, à soga, no maneador
Pastando em volta do rancho, à soga, no maneador
Foi como choro das garras e dos flecos do puleiro
Na cantilena dos garfos, o tinido do cincerro
E acolherou seu destino no lombo dos caborteiros
E acolherou seu destino no lombo dos caborteiros
Velho Silva, índio vaqueano que, do basto, fez morada
Sovou buçais e cabresto redomoneando potradas
Escreveu a dente de esporas se nome pelas manadas
Escreveu a dente de esporas se nome pelas manadas
Vive pataleando campos lá pelo Passo do Ivo
Aconchavado na estância, talvez, pra ter o motivo
De andar rangindo basteiras, gastando o aço do estrivo
De andar rangindo basteiras, gastando o aço do estrivo
Tipo de arreio.
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Destino, sorte.
Franjas do “Tirador” (pilcha de trabalho).
Prático e conhecedor do lugar.
Apero de couro cru que prende-se ao buçal (pela cedeira ou fiador).