A lua se põe à vista
Como quem vem de visita
Semear a imagem bonita
Nos confins dos corredores
Beijar a face das flores
Chegar nos ranchos por frestas
E despertar a seresta
No peito dos cantadores
Um raio guacho descansa
Sobre as loncas ressequidas
Que de dia tomam vida
E à noite velam as penas
Dorme um par de nazarenas
No gancho da pitangueira
Sonhando com a barrigueira
E a fúria dos mais ventenas
Lá no oitão da ramada
Um grilo altivo e faceiro
Dobra o canto feiticeiro
E um cusco deita ao relento
Vem no reponte do vento
De longe um berro de touro
E uma tropilha de mouros
Retoça no firmamento
Se deus artista pintou
Este quadra à imagem sua
Faz dele a estampa xirua
Dolente tristonha e bela
A cada quadro uma tela
Conforme o quadro lunar
Para que se possa olhar
E adormecer dentro dela
Animal órfão e criado sem mãe.
alegre, contente
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).
Coletivo de cavalos.
Medida de comprimento do sistema sexagesimal. São 60 braças de 2,2m = 132 m;