Vou guardar estes momentos
Que há muito tempo procuro
No mesmo clarăo maduro
Da lua potra sinuela
Que repontou uma estrela
Pra me guiar no escuro.
E a mesma noite que antes
Era silęncio e tapera
Já floresceu primaveras
Pelos campos da morada
Pondo rosas coloradas
No caminho das esperas.
E o rancho se encheu de risos
E o vazio virou oposto
Para os rigores do agosto
Que me mostraram depois
Que o mate tomado a dois
Sempre tem o melhor gosto.
Entăo quando meus olhos
Campeiam os dela por perto
Revelam o rumo certo
Pra um coraçăo sem fronteiras
Que as vezes acha porteiras
Mesmo estando liberto.
Quando chega a madrugada
Vestindo rendas e sedas
Trazendo das alamedas
Um vento feito oferenda
Vou me aquecer junto ŕ prenda
No calor das labaredas.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.