Eu evoco um tempo antigo
De rigores mais amenos
De cavalos caborteiros
Mas todos loucos de bueno.
Eu evoco um tempo de antes
Rodeio a grito parado
Meta espora cerro a cima
Meta cachorro no gado
Como olvidar um certo tourito pampa
Com ruga e pua na guampa
Refugando do fandango
E a gente em cima
Em rodeio de fronteira,
O bicho nem que nao queira
Vai pela tala do mango
Nem mesmo um touro chamado de delegado
Tinha direito a refugo
N'alguma grota de borro
Aquela indiada nao afrouxava pra um touro
Se nao voltasse no laço
Vinha a dente de cachorro
Lembro o anastacio
E a gateada meio toso
Cerro abaixo e um boi barroso
Laçado na meia espalda
Sabe onde iam?
Iam parar no rodeio
Por mais ventena que fosse
O boi perdia esses bardas
E o alemão
Num bagual tostado troncho
Sempre toldado em seu poncho
Nem deus sabe onde andará
Em certa feita vinha com um touro no laço
E o poncho vinha no braço
Fazendo charachacha
Onde andará o benito
Com sua tordilha louca
Alma recheando a boca
Atras de um rastro de um grito
Como olvidar um passado
Que ainda faz parte de mim
Por isso evoco esse tempo
Antes que o tempo de fim.
O melhor daquele tempo
Ahhh mocidade!
Não senhor, não é pecado
Ter saudade.
Colina; outeiro; pequeno monte.
Espora sem roseta.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Nervura principal de algo.
Espécie de açoite.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.