O campo é assim meus senhores
Pedaço meu deste mundo
Grama forquilha dobrando
Vinda de um solo fecundo
Extensão do meu viver
Razão e sobrevivência
Rancho, arvoredo e galpão
Que tem nome de querência
Até pode um dia desses
Chegarem pra um mate bueno
O rancho tem alma grande
Mesmo de barro, e pequeno
Sombra mansa e prosa amiga
Se encontra bastante ainda
Água clara de cacimba
Com gosto de boas vindas
Cada rincão tem seu nome
Cada lugar tem seu jeito
Minha querencia é tamanha
Mas cabe dentro do peito
Simplicidade nas coisas
Que me fazem mais feliz
Tem alma e barro o meu rancho
Bem no sul, deste país
Simplicidade nas coisas
Que me fazem mais feliz
Tem alma e barro o meu rancho
Bem no sul, deste país
É um olhar de quem fica
Que me prende facilmente
Num rancho de frente leste
Um baio a soga, na frente
Quando tomo mais um mate
E estendo a vista em reponte
Então entendo que a vida
É campo e mais horizonte
Tenho a luz das madrugadas
No potro excasso de velas
E um sorriso mais lindo
Do que as flores na janela
Um motivo todo meu,
Razão, talvez existência
Um olhar que me abriga
Que tem nome de querência
Cada rincão tem seu nome
Cada lugar tem seu jeito
Minha querencia é tamanha
Mas cabe dentro do peito
Simplicidade nas coisas
Que me fazem mais feliz
Tem alma e barro o meu rancho
Bem no sul, deste país
Simplicidade nas coisas
Que me fazem mais feliz
Tem alma e barro o meu rancho
Bem no sul, deste país
Tem alma e barro o meu rancho
Bem no sul, deste país
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Lugar isolado em fundo de campo.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.