Patrão
Me empreste um pingo dos buenos
Que tenha trote sereno pra visitar meu amor
Que vou numa marcha estrada a fora
Pra chegar antes da hora que desabrocha uma flor
Talvez, talvez
No rancho que fiz pra ela
Encontre junto à janela
A minha prenda de fé
Sorrindo, sorrindo
Num olhar de primavera
Ao terminar sua espera
Escutando um chamamé
Talvez, escutando um chamamé
Mas volto
Pra estância no outro dia
A entoar melodias ao longo do corredor
Bombeando o brilho nos olhos dela
Ao acenar da janela do nosso rancho de amor
O pingo, o pingo
Um mouro gordo e delgado
Pêlo fino e bem tosado
Pra os caprichos da paixão
Pressente, pressente
E se queda junto as "casa"
Pra repisar a mesma estrada
No rumo de um coração
O pingo, no rumo de um coração.
Afetivo de cavalo de estimação.
Andadura moderada dos eguariços.
Orvalho.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.