Troveja magoas o agosto
Baldas de tempo grongueiro!
Trago amilhado um parceiro
Patas brasinas, gateado
Que quando o dia é dos brabos
E o passo se para fundo
Num posto, num fim de mundo
É quem tira garreado.
A vacage do espinilho
Vem despejando terneiro
E o destino de posteiro
Se arrocina no serviço
Compromisso é compromisso
Não tem de boca entaipada
Quando não chove cai geada
O inverno é feito pra isso!
Num posto, num fim de mundo
As leguas sao mais compridas
As tardes mais encardidas
E as horas custam passar
Camperear e camperear
É o que me toca na vida
Graças a deus tenho a lida!
Que me permtite sonhar.
O "campomar" encharcado
Já pesa mais um "poquito"
E o vento segue maltido
Riscando o vão da canhada
Uma borrega atracada...
Não deu pra salvar o cordeiro!
É assim o mundo campeiro
"as vez" se perde a parada.
Desencilho no galpão
Onde a intempérie se acalma
O mate aquece a alma
Sustenta o vicio profundo
Um rádio gasta os segundos
Entre milongas e prosas
E a noite dentra morosa
Num posto num fim de mundo.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.