Me criei guaxo índio taura da fronteira
Riscando couro de lidar com alambrado
Cisma de touro bem de contra o vento norte
Tironeando a sorte nas crinas de um aporreado
Trago o calor dos fogões do tempo antigo
De um pai de fogo essência pura de um braseiro
Sou desta gente crioulo desta comarca
E carrego a marca deste pago missioneiro.
Xucro e bagual temperado à de tiaraju
Sentado num paissandu eu comando meu destino
Me vou teatino de alma atada nas crinas
Pois deus do céu me ilumina e na terra eu me determino.
Trago a riqueza deste rio grande indomado
Terra e pátria que deus me deu de presente
Estampa de taura e um jeitão bem entonanado
Não sou mais nem menos, sou apenas diferente
Fui batizado com bába de redomão
Seiva de orvalho temperando fibra e sangue
Uma calandria se agiganta em minha garganta
Pra cantar minha terra e a alma deste rio grande.
Vivente que se pode recomendar.
Mal domado.
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.
Lugar em que se nasce, de origem
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Pessoa ou animal sem eira e nem beira, mal trapilho, que vive em extrema pobreza; este vocábulo vem dos padres monásticos que faziam voto de pobreza, castidade e obediência