Um ronco de gaita já quebra o silêncio gineteando o vento se achega no rancho
Me pega mateando no final de tarde de peito entonado “loco” por farrancho
Já saio no trote do pingo estradeiro buscando entrevero campeando uma flor
Dessas que floresce pelas madrugadas nos bailes campeiros pelo corredor.
Quando tem surungo num fundão de campo já saio no tranco campeando gaitaço
Pra gastar o taco pelo chão da sala esvoaçando o pala com a china nos braços
Chego a despaçito vou “bombiando” a porta e a luz do candeeiro revela o que tem
Loiras e morenas vão fazendo voltas no passo da marca que conheço bem
O velho gaiteiro que sabe o meu gosto atiça o retosso no som da vaneira
Largo atrotezito pra o meio da sala e as franjas do pala levantando poeira.
Nos braços da prenda eu danço e balanço capricho no tranco “proseando” com jeito
Arrastando as botas pelo chão batido ganhando sorriso que adoça meu peito
Quando a madrugada vem clareando a fresta gasto o que me resta e vou me despedindo
Monto no estradeiro que a tempo me espera e a lembrança dela carrego comigo
Soberbo, arrogante.
Andadura moderada dos eguariços.
Afetivo de cavalo de estimação.
Mistura e confusão de pessoas, animais ou coisas.
Baile de baixa categoria.
Andadura lenta dos eguariços.
Espécie de cacete.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.