Aut.: Júlio Cézar Leonardi / Julio César Ambrosini
Na noite alta, um poncho negro veste o céu... escuro véu, quase a esconder a pampa inteira,
Bordado ao lume das estrelas cintilantes e ao brilhante esplendor da lua cheia;
Basta sentir soprando a brisa, branda e fria, e a magia do clarão dos pirilampos,
Para enxergar, neste cenário, a imensidão da criação de Deus, em todos esses campos.
(Na madrugada, encontro a paz no meu viver, ao florescer a ilusão dos sonhos meus;
Não se demora, e a alvorada já vem vindo; quadro tão lindo, feito pelas mãos de Deus.)
Minha existência refletida na neblina; força divina na quietude abençoada;
Não ver o fim do horizonte na amplidão; a escuridão com a certeza da alvorada;
Pingos de orvalho são respingos de esperança, são a confiança, a paz, o amor, a alegria;
Lá, bem distante, algum relâmpago, lembrando que, vez em quando, a vida traz dor e agonia.
(Na madrugada, encontro a paz no meu viver, ao florescer a ilusão dos sonhos meus;
Não se demora, e a alvorada já vem vindo; quadro tão lindo, feito pelas mãos de Deus.)
Ao repontar da madrugada, a luz da lua se atenua ao clarão do alvorecer;
Lá na beirada, o sol levanta, imponente; e, num repente, faz o céu resplandecer;
Cortando o céu, a passarada vem cantando; ornamentando o quadro azul do Criador;
Nasceu o dia, rebrotando a esperança, na brisa mansa, pra embalar o sonhador.
(Na madrugada, encontro a paz no meu viver, ao florescer a ilusão dos sonhos meus;
Não se demora, e a alvorada já vem vindo; quadro tão lindo, feito pelas mãos de Deus.)