Eu mesmo faço o meu mate e às vezes tomo solito
Dou alma pro pensamento que nunca sai o costado
Depois recorro os limites, buscando algo disperso
Pra então fazer um verso que tenha vida e passado
Cada palavra que chega tem um jeito diferente
Como se fosse possível saber sua própria razão
Que me faz perder o sono tentando achar o sentido
Pra este amor incontido que me aperta o coração
Proseio comigo mesmo, e há muito falo da vida
E tanto mais que espero de tudo que tenho em mente
Que às vezes ando depressa e o sonho segue de atrás
Buscando sempre algo "más", pra ser feliz simplesmente
Num dia desses bem bueno, criador, como se diz
Eu quero matear à sombra de tudo que quero bem
Olhar com olhos de campo, toda querência estendida
E saber que o bom da vida, é a minha vida que tem!
Os meus olhos têm imagens, que a ilusão não desfaz
Sobreviver desta paz, do campo, é quase um encanto
É acreditar na vida e nas palavras mais sinceras
É saber crer nas esperas, e entender de vida e tanto...
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.