Uma cantiga estradeira de marcha batida
Uma tropilha tordilha pras léguas de chão
O vento açoitando meu rumo nas franjas do pala
A história vivida não cala o que ficou pra trás
O tempo aperta os arreios num livro aberto
E a mesma alma que voa é a que tranca o garrão
Por ter horizontes nos olhos carrego esta gana
Da gente gaúcha e pampeana abençoada por Deus
Mirando longe com a lida ao tranco
E o pago inteiro dentro do coração
De rédea curta reparo o campo
Onde as estâncias dão serviço à inspiração
Uma prosa se apeia tranqüila na beira do fogo
Pra um mate jujado com gosto de essência e raiz
A flor que perfuma a poesia rebrota na espera
Com cismas de primavera empochanda de luz
A vida tranqueia nas abas do meu lombilho
E o laço depois de outro tiro descansa nos tentos
Meu sul é meu mundo campeiro razão de existência
É um verso de amor à querência, é quem fala por mim!
Coletivo de cavalos.
Conjunto da encilha.
Lugar em que se nasce, de origem
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.