Se prestarem atenção
No que esta milonga fala
Na cancha do improviso
Vou estender o meu pala
Sou grito de souza neto
Que no rio grande não cala.
Pela vida fui forjado
Na sepa bugra da raça
E quando abro meu peito
O mundo treme a carcaça
Das seis cordas da guitarra
Faço levantar fumaça
Nasci num rancho de barro
Num catre de couro crú
Fui batizado com brasas
Orgulho deste chirú
Minha mãe a lua pampeana
Meu pai o vento do sul
No tilintar das chilenas
No berro de algum zebu
Se morrer renascerei
Gritando de peito nu
Com lança, vincha e boleadeira
Nas terras de tiarajú
Sou barro de terra e sangue
Trago o rio grande na estampa
Sigo lonqueando o destino
Trançando o couro da pampa
Escrevendo a minha história
A berros, cascos e guampas
Latino por descendência
Sem nunca negar meu chão
Mesmo pelo e mesma crença
Dos pajés do meu rincão
As três pátrias sem fronteiras
Eu canto com devoção...
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Cama rústica improvisada com o “maneador” passado entre dois varões que unem dois pares de pés em forma de “X”, sobre o que, coloca-se forros (pelegos).
Tira de couro, cinta transada ou fita larga de pano, com o que se fixa a melena ou a gadelha, para que não caia nos olhos e ou, para que o suor não prejudique a visão.