(Barbosa Lessa)
Oba, viva, veio a enchente
O Uruguai transbordou
Vai dar serviço pra gente
Vou soltar minha balsa no rio
Vou rever maravilhas
Que ninguém descobriu
Amanhã eu vou embora pra os rumos de Uruguaiana
Vou levando na minha balsa cedro, angico e canjerana
Quando chegar em São Borja, dou um pulo a Santo Tomé
Só pra ver las correntinas e pra bailar um chamamé
Oba, viva, veio a enchente...
Ao chegar no Salto Grande, me despeço desse mundo
Rezo a Deus e São Miguel e solto a balsa lá no fundo
Mas se escapar deste golpe, e chegar salvo na Argentina
Lá, duvido que se escape do olhar das correntinas
Oba, viva, veio a enchente...