(Eugênio Simonetto/André Teixeira)
Por pachola me atiça retoçar pelas biboca'
Pra bailar apertadito qual tatu dentro da toca
Da gaita velha bufando numa vaneira baguala
Pandeirito a dar costado e eu dê-lhe pata na sala
É assim que se "assucede" os bailongos de primeira
Alegria da gauchada nesses fundões de fronteira
É assim que se "assucede" os bailongos de primeira
Dê-lhe gaita, dê-lhe vaneira
E o povo pula bem alto que nem banha em frigideira
Dê-lhe gaita, dê-lhe vaneira
E eu vou que nem mingau quente, me lasqueando pelas beira'
Numa marca bem floreada, das do fole incendiar
E eu de beiço bem queimado e a vaneira a me cutucar
Já campeio uma percanta pra na sala adentrar
E a bailar trocando as pata' até o surungo se findar
É o retrato do Rio Grande, vertente de atavismo
Um bailongo de fronteira, o mais puro dos xucrismo
É o retrato do Rio Grande, vertente de atavismo
Dê-lhe gaita, dê-lhe vaneira...