(Edilberto Bérgamo/Aléx Silveira)
Quem me parece um silêncio n'alma
Na noite solta que se vem a mim
E renascendo nessas horas calmas
Rompe barreiras do seu próprio fim
Quem já permite ao seu cotidiano
Momentos calmos e uma solidão
Amansa o rumo do seu próprio plano
Planta taperas no seu coração
O rancho tosco será testemunha
Do meu silêncio invadindo a vida
Um mate novo pra sorver os sonhos
Das minhas mágoas que são tão sentidas
Então pergunto nas razões que trago
Qual o motivo pra um desassossego
Talvez os olhos daquela morena
Seja uma estrada de guardar segredos
Mas muitas vezes é melhor o nada
Do que o silêncio que nos arrodeia
Pois toda fúria que em nós deságua
Acaba um dia no cristal da areia
A gente aprende no amanhã, depois
No próprio rastro que ficou no pó
Que é necessário se viver a dois
Do que o silêncio de viver tão só
O rancho tosco será testemunha...