Cantar de galo acorda o capataz
Que grita no mais levante peonada
Que eu já tô sentado na beira do fogo
Com a chaleira quente e a cuia cevada
Enquanto mateamo eu faço bem ligeiro
Café campeiro pra firmá o servido
Na panela preta tenho o revirado
Bucho aferventado com feijão mexido
Tendo por costume diz o peão caseiro
Vou pegar o sogueiro e vou a tear os cavalos
Se algum dos matungo refugar a manada
Só por pataquada já boto-lhe um pialo
Diz o capataz de poncho emalado
O tempo tá nublado e pode chover
Tirem os pelegos desabe o sombrero
Que mesmo com chuva vamo recorrer
Fica um dos peão pra arrumá a portera
Leva a cavadeira e o socador
Quebrou os palanque a cerca tá deitada
Na beira da estrada lá no corredor
Leva a cachorrada vão no meu costado
Pra tirar algum gado de dentro do mato
Depois de reunido levo pra mangueira
Pra curar bicheira, berne e carrapato
Cerra a manada dê água e cuiudo
Que um peão macanudo oréia e segura
Enquanto um dosa outro tosa as crina
Empareia os cascos e troca a ferradura
Pra bagual inteiro deixa esse gateado
Que é confirmado e vai dar marchador
Arranca da faca e capa esse outro caco
Porque esse não presta pra reprodutor
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Cavalo de pouca qualidade.
Segunda autoridade de um estabelecimento rural (Estância, Fazenda ou Grânja), de uma Tropa ou de uma Charqueada.
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Esteio grosso e forte, onde se amarram animais.
Coletivo de éguas (de cavalos, é TROPILHA).
forte, encorpado, usado tanto para pessoas quanto para objetos
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro