Baitaca
CD Campeiro Não Tem Enfeite (2013)
Disco A
- 1 Campeiro Não Tem Enfeite 📜
- 2 Prevendo o Futuro 📜
- 3 Estampa Galponeira 📜
- 4 Pinto Coió 📜
- 5 Lamento de um Gaúcho 📜
- 6 Abraçando o Rio Grande 📜
- 7 Visita Pra um Amigo 📜
- 8 Saudando Nossa Senhora 📜
- 9 Seu Doutor Que Vida Braba 📜
- 10 Um Taura da Templa Antiga 📜
- 11 Ninguém é Mais Que Ninguém 📜
- 12 Os Costumes da Estância 📜
- 13 Palanqueando o Passado 📜
Pinto Coió
(Ôôôô meu amigo baitaca, tu como secretário de obra
Continua tapando muito buraco por aí?
Meu amigo campanha, já tô aposentado
Tô gastando aquelas notas de cem da minha colcha véia e criando galinha
O que? Criando galinha?
Mas claro homi, um pinto coió viçoso barbaridade!
Vou contar a historia do meu pinto pra vocês meu povo
Meu povo preste atenção
Não é fazer ladainha
C’o peso do sacrifício
Já estou dobrando a espinha
Vivendo de atravessado
Pior que trem fora da linha
Pra manter minha vivência
Já gastei tudo que eu tinha
Lhes digo de cara séria
Pra não morrer na miséria
Comecei criar galinha
Um pinto lindo e raçudo
Que até acocado ele canta
E é só enxergar franga nova
Que o pinto véio alevanta
Tem bicho de toda pena
Preto, branco e carijó
Botei dois ovo chocá
Me descascou um pinto só
Depois que ficou grandinho
Abandonou o paió
Foi pro pátio da vizinha
Fazendo forrobodó
E a muié enfurecida
Já me chamou de bocó
Braba e cheia de razão
Se agarrou com as duas mão
Pra desnucar meu coió
Bicho metido igual esse
No mundo outro não nasceu
Duvido que tenha um pinto
Mais cabeçudo que o meu
Cantando de toda goela
Me acorda de madrugada
Arrasta a asa pachola
E não baixa a crista pra nada
Com pescoço bem vermelho
E a cabeça levantada
Tomou conta do terreiro
Retoçando a frangaiada
Cada vez mais fachudaço
De tanto levar fracasso
Tá com a cabeça pelada
Virado em papo e pescoço
Me acredite quem quiser
E um apetite medonho
Enquanto mais come mais quer
Fui num torneio de rinha
Lá na costa do uruguai
E o jogo corria frouxo
Grana vem e grana vai
Meu pinto cravava fundo
Honrando a raça do pai
E uma muié me gritou
Diz essa porquera já cai
No tambor ele é um tormento
Depois que ele entrar pra dentro
Morre taureando e não sai
Joguei tudo com essa prenda
Por que ela me deu o ganho
Disse ela eu não desisto
Mas eu nunca tinha visto
Um pinto desse tamanho
(Que é viçoso, eu concordo contigo minha senhora
E outra coisa que eu lhe garanto
Esse não foi criado com farelo mofado não
E passa de terrero em terrero e loco de exigente, ne
As galinha veia deixa de lado
Só qué franga nova marvado!)
Continua tapando muito buraco por aí?
Meu amigo campanha, já tô aposentado
Tô gastando aquelas notas de cem da minha colcha véia e criando galinha
O que? Criando galinha?
Mas claro homi, um pinto coió viçoso barbaridade!
Vou contar a historia do meu pinto pra vocês meu povo
Meu povo preste atenção
Não é fazer ladainha
C’o peso do sacrifício
Já estou dobrando a espinha
Vivendo de atravessado
Pior que trem fora da linha
Pra manter minha vivência
Já gastei tudo que eu tinha
Lhes digo de cara séria
Pra não morrer na miséria
Comecei criar galinha
Um pinto lindo e raçudo
Que até acocado ele canta
E é só enxergar franga nova
Que o pinto véio alevanta
Tem bicho de toda pena
Preto, branco e carijó
Botei dois ovo chocá
Me descascou um pinto só
Depois que ficou grandinho
Abandonou o paió
Foi pro pátio da vizinha
Fazendo forrobodó
E a muié enfurecida
Já me chamou de bocó
Braba e cheia de razão
Se agarrou com as duas mão
Pra desnucar meu coió
Bicho metido igual esse
No mundo outro não nasceu
Duvido que tenha um pinto
Mais cabeçudo que o meu
Cantando de toda goela
Me acorda de madrugada
Arrasta a asa pachola
E não baixa a crista pra nada
Com pescoço bem vermelho
E a cabeça levantada
Tomou conta do terreiro
Retoçando a frangaiada
Cada vez mais fachudaço
De tanto levar fracasso
Tá com a cabeça pelada
Virado em papo e pescoço
Me acredite quem quiser
E um apetite medonho
Enquanto mais come mais quer
Fui num torneio de rinha
Lá na costa do uruguai
E o jogo corria frouxo
Grana vem e grana vai
Meu pinto cravava fundo
Honrando a raça do pai
E uma muié me gritou
Diz essa porquera já cai
No tambor ele é um tormento
Depois que ele entrar pra dentro
Morre taureando e não sai
Joguei tudo com essa prenda
Por que ela me deu o ganho
Disse ela eu não desisto
Mas eu nunca tinha visto
Um pinto desse tamanho
(Que é viçoso, eu concordo contigo minha senhora
E outra coisa que eu lhe garanto
Esse não foi criado com farelo mofado não
E passa de terrero em terrero e loco de exigente, ne
As galinha veia deixa de lado
Só qué franga nova marvado!)