(Luis Lopes de Souza/Clóvis Mendes)
Sentou a poeira do baile, restou o aroma da china
Entre o pecado e o sono rodopiando nas narinas
Meu potro já esta encilhado, eu também já estou montando
Bamo embora, meu cavalo, que o dia já vem clareando
Por que será que o fandango tem algo a ver com meu potro
Pode ser que quase nada, mas este pingo que monto
Pela estrada galopando parece levar o fandango
Um sempre embalando o outro
Meu cavalo companheiro, tu sabe o rumo que toca
Deixa eu fechar os olhos pra recordar a chinoca
Um dia, se Deus quiser, cruzando o pago num upa
Ainda trago essa prenda no embalo da tua garupa
Por que será que o fandango tem algo a ver com meu potro...
O fim do baile não é o fim do sonho de um peão
Que galopa satisfeito, palpitante o coração
Tendo a prenda no balanço do lombo do meu cavalo
Que traz a ilusão e o baile no compasso desse embalo
Por que será que o fandango tem algo a ver com meu potro...