(Salvador Lamberty/Clóvis Mendes)
A noite adormece chorando em silêncio
Os pingos de orvalhos que o sonho encomenda
Na busca incontida do tempo perdido
E as réstias de auroras dos olhos da prenda
Mas logo se acendem as luzes da alma
Trazendo lunares de recordações
E dois pensamentos na estrada se encontram
Trocando os anseios de dois corações
E aquela saudade, pedindo pousada
Parece cansada pela indecisão
Ao ver-me tão terno, de alma luzente
Aninhou-se pra sempre no meu coração
Um raio de estrelas rompeu horizontes
Trazia por diante uma nova alvorada
E a ânsia viageira mateou esperança
Sorvendo carinhos dos olhos da amada
Não houve mais trevas no rancho de luz
Em cada sorriso um sol de ternura
O amor é uma bruma encharcando a alma
Saudade é clareira pras noites escuras
E aquela saudade, pedindo pousada...