Clóvis Mendes
CD Canto Nativo - Embalagem Especial (2011)
Disco A
- 1 Canto Nativo 📜
- 2 Luzes Da Alma 📜
- 3 Ginete De Fronteira 📜
- 4 Batalha Do Pulador 📜
- 5 No Embalo Do Meu Cavalo 📜
- 6 Na Baixada Do Manduca 📜
- 7 Picaço Velho 📜
- 8 Cantiga Do Só 📜
- 9 As Coisas Do Meu Rincão 📜
- 10 Rincão Do Céu 📜
- 11 Sacudindo A Poeira 📜
- 12 De Versos E Tentos 📜
- 13 Cantar Galponeiro 📜
- 14 Alerta Do Pai 📜
Picaço Velho
(José Mendes)
Um dia eu saí a camperear sozinho
No meu picaço velho de estimação
Ele saiu relinchando, como a adivinhar
Que não voltava mais para o seu galpão
O meu picaço velho era um cavalo
Que foi bem ensinado e muito mansinho
Quando eu tinha preguiça de ir buscar o gado
O meu picaço velho trazia sozinho
Sai a galopito pela estrada afora
E o meu picaço velho ia remoendo o freio
Eu saí com o destino de ir na invernada
Só para ver meu gado e dar sal no rodeio
Depois que eu dei o sal eu vi um boi brasino
E sempre o boi brasino bem valente é
Apartei ele do gado e desatei meu laço
E arrojei o meu picaço só pra ver o tropel
Lacei esse brasino lá na beira de um mato
E essa história triste até os animais sentem
O meu picaço velho se perdeu num valo
E eu abri as perna' e saí lá na frente
E este boi brasino, quando me avistou
Abaixou a cabeça e fez um pegada
Tirei o corpo fora, ele passou por mim
Eu olhei para trás e dei uma risada
E foi nessa rodada que meu pingo amigo
Ficou estendido na terra vermelha
Joguei meu doze braças e a argola tiniu
Peguei as duas guampas, defendi as orelhas
E quando estiro o laço desse boi brasino
Ele virou de ponta e nem pra o mato foi
E o meu picaço velho que quebrou o pescoço
E morreu gemendo, olhando pro boi
Um dia eu saí a camperear sozinho
No meu picaço velho de estimação
Ele saiu relinchando, como a adivinhar
Que não voltava mais para o seu galpão
O meu picaço velho era um cavalo
Que foi bem ensinado e muito mansinho
Quando eu tinha preguiça de ir buscar o gado
O meu picaço velho trazia sozinho
Sai a galopito pela estrada afora
E o meu picaço velho ia remoendo o freio
Eu saí com o destino de ir na invernada
Só para ver meu gado e dar sal no rodeio
Depois que eu dei o sal eu vi um boi brasino
E sempre o boi brasino bem valente é
Apartei ele do gado e desatei meu laço
E arrojei o meu picaço só pra ver o tropel
Lacei esse brasino lá na beira de um mato
E essa história triste até os animais sentem
O meu picaço velho se perdeu num valo
E eu abri as perna' e saí lá na frente
E este boi brasino, quando me avistou
Abaixou a cabeça e fez um pegada
Tirei o corpo fora, ele passou por mim
Eu olhei para trás e dei uma risada
E foi nessa rodada que meu pingo amigo
Ficou estendido na terra vermelha
Joguei meu doze braças e a argola tiniu
Peguei as duas guampas, defendi as orelhas
E quando estiro o laço desse boi brasino
Ele virou de ponta e nem pra o mato foi
E o meu picaço velho que quebrou o pescoço
E morreu gemendo, olhando pro boi