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Vamo Que Vamo

Quando Canta Um Galponeiro (2007)

Zezinho e Floreio

(João Antunes/João Ribeiro/Zezinho)

Eu não refugo labuta, por mais penosa que seja
Sempre tô pronto pra um upa, desd'o primeiro lampejo
Sei repontar meu ofício, honrando meu lugarejo
E sou feliz, meu patrício, quando no campo me vejo

Laço, pialo e gineteio e cuido da criação
Levo a vida no floreio, com a maior disposição
Não existe tempo feio que eu arrede o meu garrão
Pois confio no meu baio prum caso de "percisão"


Vamo que vamo, vamo com tudo
Vamo, peonada, nesse trancão macanudo
Vamo que vamo, vamo, chinoca
Que hoje tem baile pros lado da bossoroca

E o gaiteiro é formado num baile véio campeiro
Tem o tino preparado prum tranco manso ou ligeiro
A voz da gaita é o comando e se a marca for galponeira
O povo sai se ladeando e alisando as costaneira

E quando o sol mete a cara, a indiada sente o cutuco
É fim de baile, é fim de farra e alguns meio no quisuco
O mundo véio arrodeando, em plena segunda-feira
E a serviçama da estância, transfere pra terça-feira

Vamo que vamo, vamo com tudo...


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