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Lida Braba

Quando Canta Um Galponeiro (2007)

Zezinho e Floreio

(Zezinho)

Se me arremango até o joelho
Nos dias que ando por conta
Matungo que mais me agrada
É aquele que ninguém monta
Depois que eu firmá no arreio
Faço ele desbodocar
Pra mim descê aqui de cima
É só se um santo me tirá

O vento sopra por cima
E a espora corta por baixo
E o mango, fazendo volta
Com a borla do barbicacho

Não adianta escondê a cara
Que a anca fica de fora
Depois de eu calçá nos ferro
Faço se aprumá na hora
Quebrando trama e palanque
Credo em cruz, nossa senhora
Levemo tudo por diante
Paremo onde o diabo mora

O vento sopra por cima...

Eu nunca froxei pra cavalo
Que tem cosca nas virilhas
Dexemo os fiapo do arame
Perdi o laço e a presilha
Fiquei com o toco do mango
E a espora, só com a forquilha
Mas ele dobrou o pescoço
Ficou que é um brinco pra encilha

O vento sopra por cima...


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