Marca Viola
Aparte (2006)
Telmo de Lima Freitas
Um barroso marca viola.
Da estância de São Roque,
Chegava a sair de croque
Berrando muito pachola.
Um barroso marca viola
Da estância de São Roque.
Tirem a bolsa da cara
Desse qüera pica-fumo!
Quero erguer nas esporas
Que nem capão pra consumo.
Tirem a bolsa da cara
Desse qüera pica-fumo!
E deixe que se brandeie
Pra receber o castigo,
Quem nasceu no berço pampa
Não se encolhe pro perigo.
E deixe que se brandeie
Pra receber o castigo.
Quero escutar o barulho
Da roseta da chilena,
Desarrumando o chapéu
Que tá arreglando as melena.
Quero escutar o barulho
Da roseta da chilena.
(Que berre, que corcoveie,
Pra começar a função.
Onde existir Filogônio,
Demônio não é patrão.) Bis
É bem assim como eu digo,
É bem assim como eu falo,
Na estância que tem ginete,
Não se aporreia cavalo.
É bem assim como eu digo,
É bem assim como eu falo.