João Biluca
Aparte (2006)
Telmo de Lima Freitas
Onde andará João Biluca?
Pr’onde será que ele foi?
Arando terra e proseando
Com sua junta de bois
Onde andará João Biluca?
Pr’onde será que ele foi?
Um arado pula-toco,
Ajojo, bracha e regeira
(Canga de soita-cavalo
E um canzil de laranjeira.) Bis
O João Biluca lavrava,
Terra bruta, terra hortada,
Com um traguito de pura
Não froxava nem por nada...
O João Biluca lavrava,
Terra bruta, terra hortada
Da Glorinha ao Passo Grande,
Do Passo Grande à Glorinha,
O João Biluca ao tranquito
Tanto ia como vinha...
Da Glorinha ao Passo Grande,
Do Passo Grande à Glorinha
A pressa nunca fez parte
Do seu andar cotidiano
(Resmungando com a vida,
Entrava e saia ano.) Bis
Quem conheceu João Biluca
Sabe que ele não morreu
Saiu pra voltear os bois
E sem querer se perdeu
Saiu pra juntar os bois
E sem querer se perdeu...
Quem conheceu João Biluca
Sabe que ele não morreu...