(Letra e Música: Telmo de Lima Freitas)
Quem não souber do pago santo de onde eu venho
Tenho o prazer de lhe dizer daonde é que sou
Sou do garrão deste Brasil, sou missioneiro
Capim rasteiro que do nada se criou
Trago na alma a cantiga do meu pago
Ronda de tropa, pastoreio, pó de estrada
Cantar de esporas num trotezito chasqueiro
Que um missioneiro não se esquece nem por nada
Trago a querência na garupa do meu pingo
Cantar dos ventos nas cordas do violão
Uma tropilha de esperanças extraviadas
Que, entropilhadas, vêm pastar no coração
Trago o calor de pai-de-fogo galponeiro
Brasedo rubro, o por-do-sol que vai se por
Foi esta templa que me fez enraizado
Olhar voltado pro pavilhão tricolor
Se por acaso estropiar o meu cavalo
Que eu não consiga prosseguir esta jornada
Há de ficar minha cantiga missioneira
Junto da poeira que se erguer em alguma estrada