Meu picaço pata branca, tá encilhado a preceito
Bate cola trova "oreia", segue um trote direito
Montando me sinto dono, da minha própria história
Que mesmo sendo simplória, me faz feliz satisfeito
Refrão
É por isso que cantando eu não me canso de falar
Que enquanto existir surungo e cavalo bom pra montar
Vou levando minha vida, buscando cambicho e dança
Eu sou o rei da festança onde tem gaita á chorar
De longe ouço floreios da gaita velha chorona
Que reúne as querendonas, pra o bailado no rincão
Vou chegando bem faceiro, apeio, solto o picaço
Ganho ternura no abraço da prenda do coração
Refrão
Danço todas no fandango, sem parar nenhuma marca
Como quem separa rês, contando através da tarca
Ao terminar o surungo digo adeus olhar trigueiro
Te levo no pensamento, por este rincão inteiro
Refrão
Espécie de desafio repentista, cantado e acompanhado musicalmente.
Andadura moderada dos eguariços.
Baile de baixa categoria.
Apego ou paixão por uma china, ou por um peão.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Lugar isolado em fundo de campo.