Escutei uma cordeona do alto de uma coxilha
E a lua espelhava o brilho
Na prata das minhas encilha
E o rio grande por ser grande
Andei mais de légua e pico
Por ter coceira nas pata
Sem um farrancho não fico
Peguei o jeito pra campear o que preciso
Jogatina, trago e china
Me largam de bolso liso
Sou fandangueiro
E na vaneira eu deslizo
Pois sempre assino de espora
O chão da bailanta que piso
Bombeei pra costa do mato
E o rancho véio fervia
Um formigueiro de gente
Que la de fora se via
E a morena perfumada
Com cheiro de primavera
Me arrastou pro sarandeio
Com negaceios de fera
Sou taura e venho de longe
Farejo onde tem fuzarca
Se me grudo na pinguancha
Danço tudo quanto é marca
Se o gaiteiro é meio manco
E acaso fique devendo
Num xixo véio de rancho
Na cordeona me defendo
Leves ondulações topográficas no terreno.
Medida do sistema sexagesimal.
Procurar ou buscar no campo.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Vivente que se pode recomendar.
Pejorativo de moça jovem e vulgar.