Corta taquara pra alinhar a cerca
Que não tem perca essa porfia
Moceia as trama, fura os palanques
Até de tarde atemo as guia...
Vou cavoucando na tabatinga
Essa restinga "ta" me judiando...
Lajedo brabo, fundão de passo
E eu vou no braço me sustentando...
A maderama toda de lei
Classifiquei na moda "véia"
Só puro cerne que eu vou socando
E vai ficando que é uma "tetéia"
Vamo cortando cerro e canhada
Pouca risada, muita labuta
De noitezinha me vou pra vila
E deixo os pilas lá no *"chicuta".
Cava que cava, soca que soca,
Fura que fura, bota que bota,
Que nem tatu, abrindo toca,
Fazendo cerca na bossoroca.
Estronca forte, mestre de angico
Firma o rabicho e vai tenteando
Mordente e gancho, braço e corrente
Ringindo os dentes vamo estirando
São cinco liso e depois o "farpa"
Que dão as cartas nesse tirão
Cerca gaúcha, campo e rodeio
De dar costeio até em lebrão
É timbaúva, rincão do ipê
Oigaletê, taquarembó,
É a bossoroca velha tronqueira
Bem missioneira como ela só.
*salão de baile tradicional nos pagos da bossoroca.
Vegetação mixta nas margens de vertentes.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Apero da encilha que é colocado por baixo do rabo dos eguariços.
Lugar isolado em fundo de campo.