Tal se o amanhã dependesse
De um cantar de importância
Um galho acende a vida
Da geografia da estância
Tal se o amanhã dependesse
De um mate na madrugada
Quando o sol canta de galo
Cuias se quer tão lavadas
Que tal se o amanhã dependesse
De um causo ao pé do fogo
E histórias de três ontonte
Que o avô canta pro novo
Talvez o amanhã dependa
Da memória dos galpões
Rastros da história gaúcha
Pelas manhãs dos fogões
{repete}
Talvez o amanhã dependa
Daquilo que se repete
Almas que foram de outrora
Hoje encilhando fletes
Por isso sempre amanhece
Tudo meio que era
Homens, galos e rodeios
Com seus estilos de terra
Porque o amanhã é um passado
Feito de longas esperas
Definindo a cada dia
O que aprendeu com a terra
Talvez o amanhã dependa
Da memória dos galpões
Rastros da história gaúcha
Pelas manhãs dos fogões
{repete}
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Conto, estória.