Num fim de tarde lá se foi um baio
O joão campeiro vai picando a espora
Na noite adentro vai fazendo ataio
Que tarveis chegue no romper da aurora
Cruz de lorena é seu santo amigo
Pra abrir caminho leva um marca toro
E bota fogo pra espantar o perigo
Que o pingo baio tem um freio de ouro
Que ao tranquito lá se vai, vai buscar china maria
A filha do zacarias, lá da costa do uruguai
(que ao tranquito lá se vai, vai buscar china maria
A filha do zacarias, lá da costa do uruguai)
Quem vem de longe sempre trais presente
Uma canha buena vai pro zacarias
Pro seu amor um coração ardente
E um charque gordo pra mãe da maria
Fizeram festa c'ua sua chegada
Na noite afora nem clareou o dia
O baio ruano pela madrugada
Na sua garupa levou a maria
Que ao tranquito lá se vai, levando a china maria
A filha do zacarias, lá da costa do uruguai
(que ao tranquito lá se vai, levando a china maria
A filha do zacarias, lá da costa do uruguai)
Lá vem de volta aquele joão campeiro
Não tem mais pressa nem faz mais atalho
Na moda antiga de peão missioneiro
Roubando a china num cavalo baio
E aquele rancho de fundo de campo
De agora em diante vai ter alegria
Com a chegada que esperava tanto
Do joão campeiro e a nêga maria
Que ao tranquito lá se vai, trazendo a nêga maria
A filha do zacarias, lá da costa do uruguai
(que ao tranquito lá se vai, trazendo a nêga maria
A filha do zacarias, lá da costa do uruguai)
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Afetivo de cavalo de estimação.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Carne salgada e seca ao sol.
Anca.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.