Voltei no meu pago pra pisar na grama
Cheirar o campo, comer guamirim
Rever o rastro da carreta grande
Entocar zorrilho no pé de cupim
Encher a pipa na fonte nativa
Caminhar por cima da taipa do açude
Fazer aquilo que eu já tinha feito
E alguma coisa que em guri não pude
Vi as raízes viradas pra cima
E o capão que tinha cortaram também
E aquele campestre, onde pastava o gado
Tá tudo virado, nem grama não tem
Viraram rastros, arrancaram pastos
E o guamirinzal, fizeram fogo em tocha
Não vi quero-quero, nem canto de grilo
E o velho zorrilho, não tem mais a toca
O mangueirão de varejão roliço, de cerne e mociço
Queimaram as tronqueiras
Do cinamomo que tinha copado
Caiu abraçado com o pé de figueira
O trator do gringo entupiu a fonte
Atuiou o açude nem a taipa presta
Do que era muito, resta poucos tronco
E do que era pouco, de si nada resta
Nem do bugio escutei mais o ronco
Sentado num tronco cheguei a chorar
A figueira grande tava derrubada
Aonde eu brincava nos tempos de piá
Viraram rastros, arrancaram pastos
E o guamirinzal, fizeram fogo em tocha
Não vi quero-quero, nem canto de grilo
E o velho zorrilho, não tem mais a toca
Lugar em que se nasce, de origem
Veículo rústico e primitivo meio de transporte coletivo ou de cargas que chegou aqui no Pago Gaúcho, vindo dos romanos para a península Ibérica, tendo origem na Mesopotâmia.
Tem dois sentidos: pode ser um bosque e também pode ser um animal macho castrado (sem os testículos).
Guariba, primata sul-americano.
O osso do jogo-do-osso.