Neste domingo vou dar rédea pro meu pingo
Porque na vila tem fandango e tem retoço
Vou dar-lhe boca no meu baio cavosneiro
Boleio a perna bem no meio do alvoroço
Vou adentrando como quem vai pra quitanda
E ver a sanga a água do burro ligeiro
Como costume o velho trago me acompanha
E eu passo a canha de vereda pro gaitero (2x)
Esta é a sina de gaudério da campanha
Traiar a canha pra espantar a solidão
Matar a ânsia nos braços da percanta
Pelas bailantas nos ranchos do meu rincão
O chinaredo me conhece pelo tranco
E a gauchada por gaudério pajeador
Transformo em versos os costumes da querência
Cantando a essência deste pano tricolor
Gosto de ver um ginete quando se agarra
Som de guitarra nas pajeadas de rodeio
Cheiro de carne e floreio de cordeona
Da querendona quase sempre estou no meio (2x)
Esta é a sina de gaudério da campanha
Traiar a canha pra espantar a solidão
Matar a ânsia nos braços da percanta
Pelas bailantas nos ranchos do meu rincão
Nas noites claras do meu pago colorado
Troteio ao lombo do meu pingo companheiro
E a oito soco sempre atada pelos tentos
Então foi relíquia deste bugre missioneiro
Se for preciso atravesso o uruguai a nado
Porque sou livre e não tem china que me mande
Eu varo a noite escutando chamamé
Pois conheço a costa da divisa do rio grande (2x)
Esta é a sina de gaudério da campanha
Traiar a canha pra espantar a solidão
Matar a ânsia nos braços da percanta
Pelas bailantas nos ranchos do meu rincão
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Pequeno córrego, bossoroca.
Destino, sorte.
Vivente aventureiro que chegou na Pampa, vindo do Brasil-central; não tinha profissão definida, nem morada certa e não se amarrava ao coração de uma só mulher
Lugar em que se nasce, de origem
Afetivo de cavalo de estimação.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).