Esse xote que eu canto
Lhes garanto me traz saudade
Esse xote veio a trote
Pra parar cá na cidade.
Esse xote eu aprendi
Quando guri a vovó me ensinou...
Me dizia aprenda guri
Como eu aprendi dançar com teu avô.
Ai, dê-lhe xote,
Dê-lhe trote neste upa-upa
Vou carregando
Uma saudade na garupa.
Naqueles bailes que eu ia
Arrumava guria que sorte que eu tinha
Lembro da china Rita
De vestido de chita que era prenda minha.
Lembro do xote do calça larga
A saudade amarga mais que o chimarrão,
Por isso carrego nos tentos
Esse documento, minha tradição.
Meu ranchinho de leiva e capim
Foi tudo pra mim serviu como abrigo -
Hoje aqui na cidade
Carrego a saudade ajoujada comigo.
Aquele rancho na beira da sanga
Cheirando a pitanga exalando a essência...
Por mais que existe o progresso
Meu deus eu te peço não transforme a querência.
menino, garoto (Se usa em outras partes do Brasil)
Andadura moderada dos eguariços.
menina, moça (Se usa em outras partes do Brasil)
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.