(Eliandro Luz – Dionísio Costa)
A cuia roncou, o meu mate lavou, o dia clareou e eu ainda a pensar
Eu me condiciono às leis do abandono e mesmo sem sono, insisto em sonhar
Sorvendo a incerteza, me falta clareza pra ter a certeza de quem hoje sou
Estou resumido num ser mal dormido que um sonho perdido, enfim derrubou
E junto ao braseiro, o mate é parceiro, de um sonho matreiro que nunca me larga
Porém a verdade da realidade, é que esta saudade é bem mais amarga
Aquela que um dia, me deu alegria, jurava e dizia ser meu bem querer
Assim, de repente, mudou bruscamente, se fazendo ausente deste meu viver
Foi sem despedida, talvez iludida, pra ter outra vida, distante de mim
E o mate tem gosto, de amargo desgosto, que mostro no rosto nas noites sem fim
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.