Nas vezes quando solito chimarreio no galpão
Mirando o infinito vou sorvendo o chimarrão
Começo a pensar na vida e vejo que é igual ao mate
Doce nas horas felizes amargo quando a dor bate
As vezes bem ajujado com o jujo de esperança
Outras vezes já lavado tem o gosto de distancia
E quando vira-se a erva volta o sabor no momento
Tambem no mate da vida se renova o sentimento
Viver é igual à matear na roda de chimarrão
O mundo é cuia á rodar passando de mão em mão
Devemos ficar atentos quando alcançamos pra alguém
Porque na roda do tempo é a mesma cuia que vem
O chimarrão da amizade é mate que não acaba
Cevado na honestidade não deixa erva lavada
Quando o mate é de paixão por vezes a erva é pouca
Encilhado de ilusão fica um amargo na boca
Cada dia é um mate novo que se sorve na existência
Não precisa ter retovo não importa a aparência
Mais vale uma cuia velha bem tratada e bem curtida
Do que de prata ou de ouro com mate de agua fervida
Só e isolado.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.
Cobertura com (pintura, couro ou metal) por sobre um corpo.