A madrugada me apetece
A madrugada me atiça
O chimarrão me aquece
Me alerta e tira a preguiça
Quando levanto do catre já vou preparando o mate na madrugada campeira
Um chimarrão bem gaúcho pra pode aguenta o repuxo no ofício da mangueira
Não é fácil o que falo lidar com vaca e cavalo não é mole meu irmão
Pra aguenta o tranco na lida só mesmo passando a vida sorvendo um bom chimarrão
A madrugada me apetece
A madrugada me atiça
O chimarrão me aquece
Me alerta e tira a preguiça
Pra ter a força no braço pra firmar um boi no laço e aguentar o embate
Pra ter fibra e energia e aguentar a rebeldia só na sustância do mate
Vivo num ranchinho pobre as vezes me falta o cobre não tenho luxo e riqueza
Mas tenho a vida abençoada não me falta madrugada e nem mate com certeza
Cama rústica improvisada com o “maneador” passado entre dois varões que unem dois pares de pés em forma de “X”, sobre o que, coloca-se forros (pelegos).
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Grande curral.
Andadura lenta dos eguariços.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.