Sou taura desse rio grande crioulo da pampa guaxa
Minha figura se expande de chapéu bota e bombacha
Minha pátria é o chão sulino onde me fiz domador
Gineteio o meu destino num potro corcoveador
Sou do rio grande campeiro o sul é minha querência
Sigo firme nos arreios taureando a minha existência
Nas campereadas da vida o meu chão eu não renego
Sou da formação antiga sou gaúcho e não me entrego
Fui brotado neste chão que nem macega e capim
E o interior do galpão é um palacete pra mim
Sou parte da natureza não mudo a estampa jamais
Nem dou cancha pra tristeza que a vida é buena de mais
Vivo a vida enforquilhado botando potros no freio
Pois gosto de ver o mundo de cima dos meus arreios
Me cobiça os mal domados que se entonam pra enfrenar
Pois quanto mais rebelado mais me gusta de montar
No retoço da mangueira quando aparto a cavalhada
Me agrada égua coiceira que vai pra encilha maneada
Com destreza ajeito os ‘caco’ no lombo dessas malinas
E largo batendo casco honrando a pampa sulina
Vivente que se pode recomendar.
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Conjunto da encilha.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Grande curral.
São os aperos que vão sobre o lombo do eguariço, somente.